terça-feira, 14 de abril de 2020

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Diferentes Níveis de Ecologia

O texto a seguir é de 2005 antigo. Foi publicado nas minhas Notas do Turismo em 2005 em um prover que saiu do ar. Foi republicado em vários sites nacionais como o H2Foz e Etur. Acho oportuno que o material apareça aqui também na página de abertura para os Blogs de Jackson Lima.

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Vou dedicar esta e as próximas Notas do Turismo para tratar de ecologia. Há muita confusão, usurpação, enganação e injustiça rolando por aí. Minhas palavras estão inspiradas no trabalho do filósofo norueguês Arne Naess (mas não o compromete), formulador da teoria conhecida como "ecologia profunda". Minha fonte direta, agorinha, é o Manual de Redação para a Revista australiana "Trumpeter", que dita regras para possíveis candidatos a submissão de artigos.

Minha pergunta geral aqui e agora é: quando falamos de ecologia, estamos falando da mesma coisa? Vou apresentar aqui cinco plataformas ou níveis diferentes de ecologia. (1) Científico. (2) Filosófico. (3) Ativista. (4) Formulador de Políticas. (5) Executor de Políticas.

(1) É ecólogo aquela pessoa que tem um diploma universitário em ecologia oferecido por uma faculdade. Ecologia é uma ciência ligada à tecnologia. (2) A ecofilosofia ou ecosofia é a ecologia como filosofia de vida e ligada à ecologia profunda, e a uma maneira de ver a vida e o mundo. O filósofo Arness está nesta categoria.


A categoria (3) é a ecologia de princípios e plataformas e está ligada ao ativismo que é o que as pessoas entendem por "ecologista", onde se encontram o Greenpeace, ONGs, e muitos indivíduos. São pessoas que lutam direta e apaixonadamente pela preservação de alguma coisa a partir de uma plataforma que pode ser política, religiosa, cultural, de consciência. A próxima categoria (4) é a das pessoas ou órgãos que tem como missão a formulação de políticas concernente as relações da sociedade com o meio onde vive: aí entram desde as comissões parlamentares, às casas Legislativas, especialistas, e todos aqueles envolvidos com consulta para a formulação dessas regras. Por fim vem os (5) órgãos que executam, fiscalizam, multam, controlam. Aí estão o IAP, o Ibama, a Polícia Florestal etc. Há uma tendência de só enxergar esta categoria como sendo "a ecologia" e isso é ruim.


Resumindo: a categoria 5 faz valer as leis e regulamentos criados pela categoria 4 sob pressão da categoria 3 inspiradas no pensamento da categoria 2 que para isso foi alertada pela categoria 1. Este é um modelo simples demais. É só para ajudar a entender. Não é uma verdade absoluta revelada por Nossa Senhora.

O problema é que hoje em dia, tudo isso está embolado. E o resultado é uma grande confusão, ingerência, usurpação onde a comunidade só tem acesso ou só tem notícia da categoria número cinco. Graças a isso, as pessoas vêem a Policia Florestal como "ecologista" ou Ibama como filósofo, funcionários do Ibama como consultores, consultores como executores, consultores como empreendedores e a imprensa como leva-e-traz, divulgadora e perpetuadora desta confusão.

Quem paga o preço é a comunidade quer local ou planetária. Exemplo: a aprovação de uma Lei de Biosegurança que não assegura a saúde do povo, uma CTNBio que não garante a segurança da biosfera, Parque Nacional como o Iguaçu que não conhece a filosofia de sua fundação, que não sabe o que são e muito menos identificar quais são os valores excepcionais, intrínsecos, estéticos e naturais, conceitos que levam à filosofia.

Conclusão por hoje: o ecólogo pode não saber nada da axiologia do seu alvo de estudo; o ativista pode não saber porque defende o mico muriquí além de poder ser só uma peça de manobra; o legislador legisla por legislar; os órgãos vão cumprir as ordens por dever e os policiais vão prender por prender. E o filósofo? Este, morre de fome ou se extingue antes do mico muriquí.

Também disponível Aqui

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Troféu Zumbi dos Palmares de Foz



Muito bom! registro aqui uma boa iniciativa em Foz do Iguaçu. O Dia da Consciência Negra foi celebrado em Foz. Por iniciativa da Associação de Moradores do Jardim Ipê, foram entregues os primeiros troféus ou Prêmios Zumbi dos Palmares. A idéia foi reconhecer e incentivar aquelas pessoas de descendência afro que se destacarm na promoção do bem comum, da cidade e da sociedade. Cada um em sua área. Tive o privilégio de ter sido lembrado. Na foto apareço recebendo o troféu do apresentador da Rede Massa (SBT no Paraná), Luciano Alves. Na foto dois aparecmops todos os contemplados que incluem atletas, um padre, o secretáriuo de comunicação do município entre outros escolhios. Ficou o compromisso de fazer melhor no ano que vem. Eu agradeço a todos. As fotos são de Natália Peres e o troféu chamado "Gurreiro Zulu" foi criado pelo artista plástico que mora no Porto Meira, CHiquinho do Porto Meira. Cjhiquinho disse que o gurreiro é um arquetipo, não tem rosto, mas é feito de coragem, como tanta gente de todas as raças nesse Brasil, nessa América Latina e no mundo todo - um mundo de herois sem rostos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Alerta para 2023 e o fim da vigência do Tratado de Itaipu

"Faltam duas gestões e meia para o fim da vigência do Tratado de Itaipu. O Tratado foi assinado entre Brasil e Paraguai em 1973 para o “aproveitamento” do Rio Paraná entre os dois países desde o salto de Guaíra até a Foz do Rio Iguaçu. A vigência do Tratado é de 50 anos. Vence em 2023". 

Este é primeiro parágrafo de um artigo que acabo de publicar no Blog de Foz, um artigo intitulado "quem é ou quem são os donos da Itaipu Binacional?". O artigo é um alerta para 2023 quando o Tratado de Itaipu deixa de ser vigente e, segundo o Tratado a Binacional deve estar paga. A partr daí a Hidrelétrica  cujo capital hoje pertence a Eletrobras, pelo Brasil e ANDE pelo Paraguai, deverá dar lucros. Confira o texto aqui e ajude a divulgar     

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Eu na 100 Fronteiras


Esta é a edição de novembro da Revista 100 Fronteiras, uma revista local, quer dizer, editada em Foz do Iguaçu e distribuída nos três lados da Fronteira. A partir deste número comecei a escrever para a revista. A matéria de inauguração foi: Bertoni, o homem que Foz esqueceu. Trata-se do bleniense, ticinese, suíço-italiano, cidadão do mundo, Mosè Giacomo Bertoni que viveu na região nos anos 1800 e faleceu vítima da malária em Foz do Iguaçu em 1929.

Logo após chegar à região e começar a trabalhar, Bertoni "espanholizou" o nome tanto o dele como o de toda a família. O dele passou a ser Moisés Santiago. Estou contente de estar participando na revista 100 Fronteiras e especialmente por começar o trabalho com Bertoni, um ídolo para mim. Digo que, mesmo hoje, com internet e tudo mais, não há um homem que sozinho tenha a visão multidisciplinar que ele teve e que consiga fazer, hoje, o que Bertoni fez quando não havia eletricidade, avião, Sedex ou e-mail. O site da revista é ESTE. O próximo número já está bem encaminhado. Não posso dizer o que vai trazer, mas asseguro, que vai ser bom e que vai fazer sucesso de novo!

Observação:
Blenio é o nome do Vale onde ele nasceu;
Ticino é o cantão onde fica o Blenio
Link para o Museu de Blenio que entre outras coisas esta preparando uma área de exposição sobre Moisés Bertoni.
Só por curiosidade acrescento que um dos primeiros livros de Bertoni ainda na Suíça foi um estudo sobre as águas termais de Acquarossa. Veja o site de Acquarossa e como a comuna soube investir no livro do filho famoso e tirar proveito turístico.

Jackson Lima na mídia

Matéria de Maureen Fant no NYT

Em 1993 uma jornalista do The New York Times veio a Foz do Iguaçu. Ela fez uma reportagem intitulada South America's Mighty Iguaçu (A poderosa Iguaçu da América do Sul). Na época eu publicava um jornal em inglês que era distribuido gratuitamente nos hotéis de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazu e Ciudad del Este. O jornal se chamava The Informer. Maureen Fant, a jornalista, foi uma das leitoras do jornalizinho que publiquei com a colaboração de Valmor Sparrenberger, Adriana Oliver, Reciel Rocha entre outros amigos. O jornal era assinado por Mônica Cristina Pinto pois na época eu não tinha diploma. As fotos eram do hoje saudoso Ney de Souza. Na ótima reportagem de Maureen Fant ela cita o também saudoso The Informer, cita meu nome e recomenda o jornal. Ela diz que o jornal é distribuido nos hotéis e avisa que se não encontrar, peça um exemplar, pergunte por ele! Clique para ver a reportagem de Maureen Fant. A citação do Informer está na página três da reportagem. Um abraço Maureen por onde você estiver depois de todo este tempo.

Estive na Unipar Cascavel



























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Tive o prazer de participar na Semana Acadêmica de Jornalismo, Hotelaria e Turismo na Unipar - campus Cascavel. Minha participação foi um mini-curso de Jornalismo Ambiental. Tive a companhia de pelo menos 15 alunos interessados no jornalismo ambiental. Creio que a principal contribuição de minha apresentação foi a definição de jornalismo ambiental, demonstrar as áreas envolvidas no jornalismo ambiental e os níveis de ecologia na cobertura jornalística ambiental.

Definição:

Jornalismo ambiental é a coleta, verificação, produção, distribuição e exposição de informação sobre eventos, tendências, pessoas e assuntos associados com o mundo não-humano com os quais os humanos necessariamente interagem.

Alguns tópicos de interesse do jornalismo ambiental:

Poluição do ar, (interna) Poluição do ar (ar livre) Resíduos, biodiversidade, brownfields (aterros sanitários industriais e comerciais) Câncer e outras doenças, emergências químicas, armas químicas, Saúde infantil, problemas ambientais trans-fronteiriços, justiça ambiental, alimentos (GM, Irradiação), aquecimento da terra, águas subterrâneas, desastres de origem tecnológica, destruição da camada de ozono, pesticidas, convenções internacionais sobre gênero, paz, educação e sua ligações com o meio ambiente,agricultura, mudanças climáticas,ecossistemas,energia, desastres ambientais, economia ambiental, educação ambiental, ética ambiental, legislação, política ambiental, conservação ambiental, florestas, população, ciências sociais, desenvolvimento sustentável, vida sustentável, transporte, assuntos urbanos, vegetarianismo, gestão de resíduos, qualidade da água


Níveis da ecologia

Reportar sobre o meio ambiente, exige, segundo minha visão, entender dos diferentes níveis de ecologia e tentar colocar todos eles na matéria em execução. Veja os níveis da ecologia:

(1)Científico
(2) Filosófico
(3) Ativista
(4) Formulador de Políticas
(5) Executor de Política.

Finalmente querpo dizer que adorei a experiência de estar na Unipar - Universidade Paranaense, campus de Cascavel. Agradecimentos a professora Leticia Afonso Rosa Garcia, coordenadora do curso de jornalismo, equipe e alunos. Ver nota sobre os níveis de ecologia neste blog.
Sugeri que os futuros jornalistas que se interessam pelo jornalismo ambinetal lesse este artigo no Blog do Wilson

Fotos JL em ação várias

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